O poder da produtividade
Aconselho a leitura desta entrevista a William Lewis, autor do livro The Power of Productivity: Wealth, Poverty and the Threat to Global Stability. Um pequeno excerto (meus destaques):LEWIS: (...) The great bulk of the evidence about education came from competent multinational corporations of any nationality. Showing they could go virtually anywhere in the world and take the local workforce and train it to come close to home country productivity.
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And then, sort of the clinching evidence was we then looked at some other industries. We compared the construction industry in the US to construction in Brazil and found that in Houston, the US industry was using Mexican agriculture workers who were illiterate and didn't speak English. So they were not any different than the agricultural workers who were building similar high rises say in Sao Palo. And yet they were working at four times the productivity.
SCHULZ: Wow.
LEWIS: Just because people are not educated does not mean that they are incapable, which is a mistake educated people in the West often make -- and not just the West but probably in Japan as well. These people can be trained on the job to accomplish quite high skill levels and quite high levels of productivity. And that's basically good news because if the World Bank and everybody else had to wait until we revamp the educational institutions of all the poor countries and then put a cohort or two of workers through it, we are talking about another 50 years before anything happens. That's not acceptable and it's not necessary, thank God.
Entretanto, sobre o "arrastão" de Carcavelos, lembrei-me desta notícia no Expresso (conteúdo pago):Na primeira linha de integração social surge a escola. De início valorizada como meio de promoção social pelos grupos minoritários e culturalmente desfavorecidos, estes rapidamente desinvestem dos estudos quando recebem avaliações negativas. «Sabemos de várias fontes que estes jovens apresentam menor sucesso escolar, o que é de novo confirmado [no estudo elaborado pelo Observatório Permanente da Juventude]. A reprovação faz parte da história da vida escolar de 79% dos inquiridos», ascrescenta Jorge Vala [coordenador do referido estudo]
Conforme a citação de William Lewis acima transcrita, há, felizmente, uma segunda "linha de integração social": as empresas. Aqueles jovens podem aprender no local de trabalho as capacidades necessárias à realização de tarefas de grande produtividade.
Mas o Estado impede-os de seguir esta via (por sinal, mais eficiente que a via escolar). As leis de escolaridade obrigatória, proibição de trabalho infantil e obrigação de pagamento de um salário mínimo são, para estes jovens, poderosas barreiras à entrada no mercado de trabalho. Esta forma de exclusão deixa-lhes, assim, apenas uma alternativa: aprenderem "profissões" onde não se respeita a propriedade privada dos outros cidadãos. E não estou a falar da classe política....
por BrainstormZ @ 6/20/2005 12:02:00 da tarde
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