“Iron” Mike Tyson
Um menino pobre e arruaceiro da pior espécie foi o “Undisputed World Champion” (títulos WBC, WBO e IBF) aos 21 anos de idade. Há muito que tinha terminado a carreira e no último combate acabou por ele próprio o perceber também.
Nunca vi um pugilista com a capacidade de sofrer e com o “killer instinct” de Tyson. Chegava a apavorar os adversários quando os convidava e deixava atingi-lo. O pescoço de dimensões absurdas aguentava tudo e o seu “directo” era praticamente uma certidão de óbito. Muito mais baixo e leve que a maior parte dos adversários, perdeu o título no movimento mais feliz e sortudo que alguma vez vi. James “Buster” Douglas ainda deve estar a agradecer hoje a boa fortuna daquela escorregadela de Tyson (tinha 23 anos!) em Tóquio que lhe valeu a vitória, quando o combate ainda não tinha acabado porque “Iron” Mike não quis. A partir dessa noite (a minha maior desilusão desportiva) deixei de ver boxe e para ele foi quase sempre a descer, ainda recuperou os títulos WBC e WBO para perder definitivamente contra Evander Holyfield em 1996.
Pelo meio foi condenado e preso numa história muito mal contada, em que a ideia com que fiquei, é que foi queimado pelo meio que fez dele um ídolo.
Sem a aura contestatária, sem o impacto político e num tempo diferente do de Muhammad Ali, “Iron” Mike Tyson é, para mim, o maior pugilista da história."I'm not Mother Teresa, but I'm not Charles Manson either." - Mr. Mike Tyson
P.S. Arrumou as luvas dia 11 de Junho de 2005.
por Helder Ferreira @ 6/13/2005 11:25:00 da manhã
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